O Brasil alcançou um marco histórico na saúde pública: há 10 anos não são registrados casos de raiva humana transmitida por variantes virais típicas de cães.

De acordo com o Ministério da Saúde, essa conquista é resultado de uma estratégia integrada do Sistema Único de Saúde (SUS), que inclui:

• Campanhas massivas de vacinação de cães e gatos

• Distribuição gratuita de vacinas e soros antirrábicos para humanos e animais

• Resposta rápida a possíveis focos da doença

• Fortalecimento da vigilância epidemiológica

Entre 2023 e 2025, o Ministério da Saúde investiu, em média, R$ 231 milhões por ano em imunização. O último caso de raiva humana de que se tem registro ocorreu em 2015, no Mato Grosso do Sul.

No estado do Rio, que atualmente está em campanha de vacinação, unidades como o Instituto Municipal de Medicina Veterinária Jorge Vaitsman e o Centro de Controle de Zoonoses (CCZ) têm papel fundamental para a manutenção dessa marca.

Além da aplicação das doses, esses centros atuam no monitoramento de animais suspeitos e na orientação à população, reforçando que a prevenção é o único caminho seguro contra a raiva.

Paulo Daniel Leal, responsável técnico do Desenvolvimento de Assistência Múltipla (DESAM), destaca que, mesmo com o controle da doença, a atenção precisa ser constante:

“Apesar dos avanços, não podemos baixar a guarda. A vacina é obrigatória por lei, gratuita, e todo tutor tem a responsabilidade de levar seu animal para vacinar”, ressalta.

O médico veterinário Paulo Daniel reforça que a vacinação anual é essencial para manter a barreira de proteção contra o vírus, protegendo tanto os animais quanto a saúde da população.

Com o compromisso do poder público e a adesão da população às campanhas, o Brasil celebra uma década sem registros de raiva humana transmitida por cães, mas segue atento para que a doença permaneça controlada.